Os transtornos alimentares são caracterizados por uma perturbação persistente na alimentação ou no comportamento relacionado à alimentação que resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos e que compromete significativamente a saúde física ou o funcionamento psicossocial. Já os transtornos chamados subclínicos são os padrões comportamentais que não completam os critérios exigidos para serem categorizados como transtornos, mas já apresentam potencial danoso para a vida do indivíduo, conhecidos como “comer transtornado”.
Entre os fatores de risco para os comportamentos alimentares problemáticos estão a realização de dietas restritivas, o uso excessivo de redes sociais e comentários da família sobre peso e forma corporal.
Ao se analisar o comportamento alimentar, é preciso considerar quais foram os fatores antecedentes e consequentes de sua ocorrência, tais como:
- Fatores de vulnerabilidade: fatores psicológicos, biológicos e históricos que deixam o indivíduo mais suscetível a um comer transtornado;
- Evento antecedente (gatilho): a situação-alvo que causou um desconforto emocional, como a discussão com o chefe ou a briga com o namorado, por exemplo;
- Comportamento propriamente dito: a escolha alimentar, a quantidade ingerida, ou seja, o comportamento alimentar que está sendo analisado;
- Consequências – o que foi gerado a partir do comportamento alimentar disfuncional? Sentimentos negativos coo culpa? Comportamentos compensatórios, como indução ao vômito, excesso de exercícios ou uso de laxantes?
Listamos aqui alguns sinais de um comportamento alimentar disfuncional, que podem servir como alerta:
- Buscar comida na geladeira ou na despensa várias vezes por dia, no intervalo das refeições;
- Mastigar por um período curto, engolindo a comida quase inteira;
- Provocar o vômito após episódios de compulsão alimentar;
- Alimentar-se basicamente do que está pronto, como enlatados e embalados, raramente preparando o alimento;
- Guardar doces na gaveta do quarto, para comer quando os outros não estão olhando;
-Gastar grande parte do dia fantasiando o que vai comer;
- Ter interesse aumentando por comida após situação de estresse.
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