O autocriticismo é um processo psicológico humano caracterizado por uma maneira hostil, crítica, punitiva ou acusatória de se relacionar consigo mesmo. Uma pessoa com nível alto de autocrítica tende a hipergeneralizar suas falhas, ao ponto de gerar um estado emocional negativo global para consigo mesmo.
O sofrimento psicológico causado pelo autocriticismo faz com que ele seja associado a uma série de dificuldades, como sintomas depressivos, de ansiedade, transtornos alimentares e insatisfação corporal e problemas de relacionamento interpessoal.
Quanto às origens da autocrítica, a exposição precoce a ameaças, como negligências, ou expectativas irrealistas por parte dos pais na infância, é associada a um aumento de vulnerabilidade e gera cognições e sentimentos relacionados à desvalorização, autocrítica e autocondenação, bem como desprezo e descontentamento. Essas características são internalizadas, já que as pessoas aprendem a se relacionar consigo próprias da mesma maneira que os outros de relacionaram com ela.
Um padrão de funcionamento baseado na autocrítica envolve ainda sentimentos de culpa, autoavaliação negativa, vazio, desesperança, insatisfação, insegurança, fracasso em atender expectativas ou alcançar determinados padrões e tendência a assumir a culpa.
A psicoterapia atua diretamente na mudança desses padrões de percepção, que envolvem pensamentos distorcidos e sentimentos negativos.
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