Uma das maiores preocupações para as pessoas que sofrem de ansiedade social, é o medo de fazer algo na frente das outras pessoas. Entre os maiores medos dos ansiosos, que acreditam que podem ser “observados” pelos outros, estão:
- Medo de sua mão tremer ou derramar algo ao comer na frente de outras pessoas;
- Medo de derramar bebida ou engasgar bebendo algo com outras pessoas;
- Medo de tremer as mãos ao manusear um instrumento ou ferramenta ou mesmo pegar objetos próximo de outras pessoas;
- Medo de tropeçar ou caminhar esquisito ao caminhar em frente a um grupo de pessoas;
Ao avaliar esses medos, percebemos que existem muitos erros de pensamento, o que chamamos de distorções cognitivas:
Adivinhação: a pessoa já prevê que vai acontecer algo negativo, antes mesmo de qualquer situação acontecer;
Pensamento tudo-ou-nada: a pessoa já parte do pressuposto de que, se caminhar na frente de outros, o faria parecer esquisito a ponto de o outro perceber dessa forma;
Leitura mental: a pessoa já tira a conclusão de que o outro vai achá-la esquisita e julgá-la de forma negativa.
Para de desvencilhar dessas armadilhas de pensamentos, é necessário desafiar esses pensamentos:
1 - Qual evidência eu tenho de que vou “caminhar esquisito” na frente de outras pessoas?
2 - O fato de eu ter tropeçado da última vez indica que eu tropeçarei novamente agora?
3 - Qual evidência eu tenho que vou caminhar de forma tão esquisita a ponto de chamar a atenção das outras pessoas?
4 - Qual é a pior coisa que aconteceria se eu, de fato, tropeçasse? Será que isso seria tão catastrófico como eu prevejo em meu pensamento?
Há uma tendência, entre pessoas ansiosas, de que as consequências de seus atos sejam entendidos como catastróficos, bem como pensamentos que geram ansiedade antecipatória sejam totalmente distorcidos. Assim, a psicoterapia atua na correção dessa percepção distorcida e na avaliação correta das consequências de seus comportamentos, além de proporcionar o treinamento de habilidades sociais.
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